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Economia Terça-feira, 02 de Outubro de 2018, 10:35 - A | A

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INOVAÇÃO

Mato Grosso do Sul define vertentes para trabalhar indústria 4.0

Trabalho está sendo coordenados pelo Senai com palestras e workshop

Flávio Veras
Capital News

Fiems/Divulgação

Índice de Desempenho Industrial registra mais um mês positivo no MS

Profissionais estão buscando vertentes para instalar o sistema

O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) está ministrando curso e palestras sobre a dinâmica da indústria 4.0. De acordo com o órgão, começar a dar os passos rumo às novas tecnologias é mais do que uma opção, mas sim uma necessidade para quem quiser estar no mercado profissional. 

 

Ainda conforme o Senai, no Mato Grosso do Sul, indústrias e profissionais de diferentes setores têm buscado ajuda e encontrado dois tipos de suporte: o da informação, para entender todos os conceitos da quarta revolução industrial; e o da qualificação, com cursos e workshops para preparar os profissionais para as novas necessidades.

 

 

O estado possui PIB industrial de R$ 16,4 bilhões, equivalente a 1,4% da indústria nacional. Emprega 122.255 trabalhadores na indústria e é o décimo terceiro menor PIB do Brasil, com R$ 74,3 bilhões, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Depois de passar por um ano de resistência quanto às novas tecnologias, as indústrias do estado começam a abrir as portas para as novas tecnologias.

 

Segundo o diretor-regional do SENAI-MS, Rodolpho Caesar Mangialardo, 2018 está sendo um ano para digerir as informações. “O pessoal assusta por não ter muito conhecimento, não ter muita literatura traduzida, e aí a gente está fazendo esse apoio para tentar traduzir essa mensagem técnica para uma linguagem mais específica das indústrias para que, eles entendendo, possam investir de forma mais assertiva”, explicu o diretor.

 

A Indústria 4.0 resulta da incorporação, em larga escala, de tecnologias digitais à produção industrial. Ela vem transformando a forma como se produz, com novos processos, produtos e modelos de negócios que há pouco tempo não era cogitado. Além disso, promete tornar os modelos convencionais de produção gradualmente ineficientes, o que força o setor produtivo a incorporar as novas tecnologias o quanto antes, como mostra o estudo da CNI, o Propostas para as eleições 2018 – Indústria 4.0 e Digitalização da Economia.

 

De acordo com o material, enviado aos candidatos à presidência da República como forma de estimular o debate nos próximos quatro anos, as principais nações industrializadas têm inserido o desenvolvimento da indústria 4.0 no centro de suas estratégias de política industrial para preservar e aumentar a competitividade dentro do setor produtivo. Especialistas garantem que os impactos irão muito além de ganhos de produtividade no chão de fábrica. Leia mais sobre o assunto aqui.

 

A incorporação das novas tecnologias demanda mais do que informação e qualificação, como aponta o diretor-regional do estado. Segundo Rodolpho, há uma necessidade de mudança cultural. “Qualquer gestor, hoje, com esse aporte da indústria 4.0, tem todas as condições de ter todos os dados de produção, de custo, de consumo da empresa, de matéria-prima, de forma online. Pode pegar no smartphone, tablet, computador, indicar e até tomar decisões de acordo com os dados que você está vendo online”, afirmou.

 

 

Hoje, com soluções simples, como auxílio de sensores, dentro da etapa de manufatura enxuta, os gestores podem ter resultados expressivos, como uma fábrica mais limpa, com condição de produção mais organizada e com menos desperdícios. “É muito cultural e isso impacta também na modernização da economia. Que é um dos estímulos da indústria 4.0. Estamos fomentando dos esses links de maneira eletrônica, sensores, e cada vez mais unido na modernização tecnológica da indústria”, finalizou Rodolpho.

 

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