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Economia Terça-feira, 13 de Novembro de 2018, 14:38 - A | A

Terça-feira, 13 de Novembro de 2018, 14h:38 - A | A

IPC/CG

Inflação na capital sobe e alcança maior índice desde 2015

Alimentação e Habitação foram os principais indicadores responsáveis pelo resultado da pesquisa

Leonardo Barbosa
Capital News

Reprodução/Veja

inflacao, alimentos

Os alimento foram um dos principais responsáveis pela inflação apresentada em outubro na capital

Em outubro, o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) ficou em 0,78%, segundo o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Uniderp. O indicador, que representa a inflação local, superou a taxa de setembro (0,42%) e é considerado o mais alto desde 2015 (0,97%), no comparativo entre os meses de outubro. Se levados em conta os índices de 2018, a taxa é a segunda maior do ano.

 

As grandes contribuições para esse resultado vieram da Alimentação, que registrou inflação de 2,07% e participação de 0,62% para o índice; Habitação, com inflação de 0,74% e colaboração de 0,20% no cálculo; Transportes, com taxa de 0,70% e contribuição de 0,08%; Educação, com inflação de 0,74% e colaboração de 0,03%; Despesas Pessoais, com alta de 0,25% e participação para o índice de 0,02%; e Saúde, com inflação de 0,06%, sem contribuição para o índice. O grupo Vestuário foi o único com deflação, -1,89%, e contribuição de -0,17%, ajudando a segurar a elevação do índice de outubro.

 

De acordo com o coordenador do Nepes da Uniderp, Celso Correia de Souza, a inflação registrada para o mês confirma uma retomada do processo inflacionário. "Os aumentos dos alimentos e dos combustíveis podem ser vistos como os grandes culpados pela elevação dessa taxa em outubro. Para os próximos meses, o que se espera são inflações mais elevadas devido às festas de final de ano, período de aumento de consumo e, consequentemente, a inflação deverá continuar crescendo", revelou.

 

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Outro fator que contribuiu para a o aumento da inflação foi o setor habitacional

Apesar do cenário, o professor também informa que a queda no dólar pode trazer um alívio para a economia brasileira, pois, "deixará de impactar a inflação com aumentos dos preços de produtos natalinos importados, bem como, outros produtos como trigo, máquinas de alta precisão, eletroeletrônicos e gasolina". Em sua análise, ele considera que a redução da cotação da moeda estrangeira também sofrerá mais concorrências externas, dificultando a exportação, aumentando a oferta interna desses produtos, controlando os preços no mercado nacional.

 

Considerando os dez primeiros meses em Campo Grande, a inflação acumulada chegou a 3,66%. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa está em 4,49%, colada à meta de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CNM) para o ano todo. "Já não se pode afirmar que existem possibilidades de se chegar a dezembro com uma inflação acumulada abaixo dos 4,5%, como aconteceu em 2017, quando registrou 2,60%", projeta o pesquisador.

 

IPC/CG

 

O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) é um indicador da evolução do custo de vida das famílias dentro do padrão de vida e do comportamento racional de consumo. O IPC busca medir o nível de variação dos preços mensais do consumo de bens e serviços, a partir da comparação da situação de consumo do mês atual em relação ao mês anterior, de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. A Uniderp divulga mensalmente o IPC/CG por meio do Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes).

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