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Economia Terça-feira, 18 de Setembro de 2018, 13:51 - A | A

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PESQUISA

Inflação na capital cai devido à transportes e despesas pessoais

Índice de inflação apresentado foi o mais baixo desde 2005

Leonardo Barbosa
Capital News

Apresentado nesta segunda-feira (17), o Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/CG) relativo ao mês de agosto, ficou em -0,01%, de acordo com o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes) da Uniderp. A taxa que representa a inflação local, foi bem menor que a registrada em julho (0,33%) e a mais baixa desde 2005 (-0,37%) no comparativo entre os meses de agosto.

 

Entre os grupos que mais contribuíram para esse resultado de deflação estão: Transportes (-1,89%) e Despesas Pessoais (-0,70%). Segurando a queda do índice, estão:  Educação (1,31%), Vestuário (0,87%), Alimentação (0,59%), Habitação (0,16%) e o grupo Saúde, que permaneceu estável.

 

Segundo o coordenador do Nepes/Uniderp, Celso Correia de Souza, a inflação foi menor do que o esperado, mas dentro da expectativa de índice baixo. “A inflação baixa deve permanecer nos próximos meses, a não ser que alguns fatores adversos com a economia influenciem para cima o ritmo inflacionário, principalmente, o grupo de Alimentação, que pode sofrer impacto do valor muito alto do dólar”, esclarece. Se isso acontecer, em longo prazo, o impacto seria em produtos importados, como trigo, máquinas de alta precisão, eletroeletrônicos e gasolina. De acordo com o pesquisador, a alta da moeda estrangeira também pode favorecer as exportações brasileiras, principalmente, as de grãos e de carnes, diminuindo a oferta desses produtos no mercado interno, consequentemente, aumentando os seus preços.

 

Os fatores que poderão ajudar na redução da inflação neste ano são, a continuidade do alto nível de desemprego no país, os altos juros praticados na economia, o grande endividamento da população fazendo com que haja queda de demanda de consumo, inclusive, em produtos de alimentação. “Não se pode ignorar que as eleições de outubro/2018 podem influenciar negativamente o controle da inflação, pois, toda incerteza política causa aumento do dólar”, acrescenta Celso.

 

A inflação em Campo Grande nos sete primeiros meses do ano é de 2,43%. Nesse período destacam-se os grupos Habitação (4,98%). Despesas Pessoais (3,15%), e Vestuário (2,50%), com altos indicadores. O grupo Transportes (-3,80%) se evidencia pela deflação.

 

 

Em 12 meses, o índice está em 3,88%, próximo da meta do Conselho Monetário Nacional (CNM) para o ano todo, que é de 4,5%. No período, os grupos que tiveram taxa acima desse indicador foram: Habitação (6,19%) e Despesas Pessoais (4,30%).

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