Sexta-feira, 19 de Abril de 2024


Economia Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2017, 09:56 - A | A

Sexta-feira, 15 de Dezembro de 2017, 09h:56 - A | A

Em alta

Exportações de MS têm alta e chegam à US$ 2,77 bilhões em 11 meses

A venda de produtos industrializados de MS para outros países cresceu 14% em comparação ao último ano

Esthéfanie Vila Maior
Capital News

A receita de exportação de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul chegou a US$ 2,77 bilhões, no acumulado de janeiro a novembro de 2017. O número representa um crescimento de 14%, em comparação ao mesmo período do ano passado.

 

De acordo com levantamento do Radar Industrial da Fiems, apenas na comparação de novembro de 2016 com novembro de 2017, a receita da exportação de produtos industriais aumentou em 15%, saindo de US$ 246,4 milhões para US$ 283,8 milhões.

Divulgação / Fiems

Exportações de MS têm alta e chegam à US$ 2,77 bilhões em 11 meses

Apenas em novembro, a receita da exportação de produtos industriais aumentou em 15%

 Na avaliação do coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, de janeiro a novembro, os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Couros e Peles” e “Siderurgia e Metalurgia Básica”, que, somados representaram 98,1% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.

 

No caso do grupo “Celulose e Papel”, o montante no ano soma US$ 959 milhões, um aumento de 5% em relação ao mesmo período de 2016. “O resultado alcançado no período se deu principalmente pelo aumento das compras realizadas pela Holanda, Peru, Estados Unidos, China, França e Reino Unido, que, somados, aumentaram suas aquisições em US$ 43,0 milhões”, detalhou Ezequiel Resende.

 

Já no “Complexo Frigorífico”, a receita de exportação de janeiro a novembro de 2017 alcançou o equivalente a US$ 856,1 milhões, um crescimento de 20% em comparação ao mesmo período de 2016. O crescimento observado se deu pelo aumento no preço médio da tonelada, que passou de US$ 2.552 em 2016 para US$ 2.778 em 2017.  Também pelo aumento de 10% no volume de carnes comercializadas para Hong Kong, Irã, Estados Unidos, Emirados Árabes e Arábia Saudita.

 

Outros grupos

No grupo “Extrativo Mineral”, a receita de exportação acumulada de janeiro a novembro de 2017 alcançou o US$ 197,1 milhões, subindo 53% em relação a 2016. O resultado se deu pela alta de 74% no preço médio da tonelada do minério de manganês e pela alta de 26% no preço médio da tonelada do minério de ferro que em 2017.

 

O grupo de “Óleos Vegetais” fechou 2017 com receita equivalente a US$ 107,2 milhões, indicando queda de 11%, comparada ao ano passado. A Tailândia e Indonésia foram os principais responsáveis pela redução, com uma retração nas compras equivalente US$ 26,3 milhões. “Quanto aos compradores, os principais até o momento são Tailândia, com US$ 42,8 milhões ou 39,9%, Indonésia, com US$ 26,8 milhões ou 25,0%, Holanda, com US$ 12,2 milhões ou 11,4%, Coréia do Sul, com US$ 8,1 milhões ou 7,6%, e França com 6,3 milhões ou 5,9%”, enumerou Ezequiel Resende.

 

O grupo “Couros e Peles” também apresentou redução. As vendas caíram 9% em relação a 2016, quando as vendas foram de US$ 99,8 milhões. Esse resultado foi influenciado pela diminuição das compras efetuadas pela China, Holanda, Hong Kong e Vietnã, que somados apresentaram queda de US$ 21,6 milhões. 

 

O grupo “Siderurgia e Metalurgia Básica” fechou o período com receita equivalente a US$ 32,4 milhões, um aumento de 122% na comparação com 2016. A elevação das compras feitas pela Argentina e Estados Unidos, que proporcionaram receita adicional de US$ 17,8 milhões, influenciaram o resultado.

 

O grupo “Açúcar e Etanol” teve receita de exportação de janeiro a novembro de 2017 equivalente a US$ 477,1 milhões, uma alta de 24% em relação ao mesmo período do ano passado. O resultado é influenciado pelo aumento das compras realizadas pela Malásia, Egito, Estônia, Geórgia, Iraque, Quênia, Bangladesh e Argélia, que somados, apresentaram incremento de US$ 179,0 milhões. Também é decorrente da elevação do preço médio da tonelada do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS