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Economia Quarta-feira, 16 de Maio de 2018, 16:55 - A | A

Quarta-feira, 16 de Maio de 2018, 16h:55 - A | A

Comércio exterior

Exportação de industrializados registra alta de 21% e passa de US$ 1,12 bilhão

Montante obtido no mês de abril é o melhor resultado registrado para o mês nos últimos quatro anos, US$ 275,18 milhões

Flávio Brito
Capital News

Divulgação/Assessoria

Exportação de industrializados soma US$ 842,7 mi em três meses

Os grandes responsáveis por esse bom desempenho continuam sendo os de “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul apresenta alta de 21% no 1º quadrimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. O saldo de US$ 1,12 bilhão contra os US$ 927,20 milhões de janeiro a abril de 2017, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Na comparação de abril de 2017 com abril deste ano, a receita com a exportação de produtos industriais registrou crescimento de 17%, saindo de US$ 235,88 milhões para US$ 275,18 milhões.

 

Segundo o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, o montante obtido no mês de abril é o melhor resultado registrado para o mês nos últimos quatro anos. “Quanto ao volume exportado, na comparação mensal, tivemos aumento de 14%, enquanto na comparação anual registramos aumento de 25% em relação a 2017. Já em relação à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 52% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, sendo que no acumulado do ano, na mesma comparação, a participação ficou em 65%”, analisou.

 

Ainda de acordo com ele, os grandes responsáveis por esse bom desempenho continuam sendo os grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Couros e Peles” e “Açúcar e Etanol”, que, somados representaram 98,1% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior. No caso do grupo “Celulose e Papel”, a receita no período avaliado foi de US$ 575 milhões, crescimento de 72% comparado com a somatória de janeiro a abril de 2017, dos quais 97,4% foram obtidos apenas com a venda da celulose (US$ 560 milhões).

 

Os principais compradores foram a China, com US$ 290,824 milhões, Itália, com US$ 65,6 milhões, Holanda, com US$ 58,3 milhões, Estados Unidos, com US$ 33,8 milhões, e Coreia do Sul, com US$ 19,2 milhões. “Demanda aquecida e preços em alta, tanto no mercado doméstico quanto internacional, devem seguir ajudando os resultados dos produtores brasileiros de celulose e papel no segundo trimestre. No caso da matéria-prima, um reajuste de até US$ 20 por tonelada para abril já começou a ser aplicado e restrições de oferta, principalmente na Europa, poderão abrir espaço para novo aumento”, informou Ezequiel Resende.

 

Já no grupo “Complexo Frigorífico” a receita conseguida na soma de janeiro a abril deste ano foi de US$ 309,2 milhões, uma elevação de 4% na relação ao mesmo período do ano passado, sendo que 34% do total alcançado são oriundos das carnes bovinas desossadas congeladas, que totalizaram US$ 105,2 milhões. Para esse grupo, os principais compradores foram Hong Kong, com US$ 71,2 milhões, Chile, com US$ 42,9 milhões, Arábia Saudita, com US$ 21,7 milhões, China, com US$ 20,6 milhões, e Irã, com US$ 17,5 milhões. “Para 2018, a demanda interna deverá apresentar sinais de melhora com a recuperação da renda real da população e da melhora do mercado de trabalho. Os preços do boi, no entanto, seguem contidos por conta da concorrência com as carnes suína e de frango. Exportações deverão se manter em expansão no ano, refletindo a demanda internacional aquecida”, ressaltou o economista.

 

 

 

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