Quarta-feira, 24 de Abril de 2024


Economia Terça-feira, 01 de Setembro de 2015, 19:03 - A | A

Terça-feira, 01 de Setembro de 2015, 19h:03 - A | A

Dólar

Dólar fecha em alta após atingir R$ 3,70

Pela primeira vez desde 2002, refletindo a aversão ao risco nos mercados externos diante de renovadas

Divulgação

Bancos ignoram crise econômica e lucram bilhões em taxas bancárias

Fechamento do dólar

O dólar fechou em alta nesta terça-feira (1) após atingir R$ 3,70 pela primeira vez desde 2002, refletindo a aversão ao risco nos mercados externos diante de renovadas preocupações com a China e nervosismo com a possibilidade de o Brasil perder seu selo de bom pagador nos mercados diante da deterioração das contas públicas.
De acordo com o G1, a moeda norte-americana subiu 1,68%, a R$ 3,688.  Este é o maior nível de fechamento desde 13 de dezembro de 2002.
A divisa norte-americana alcançou R$ 3,7040, maior nível desde 13 de dezembro de 2002 (R$ 3,7750).
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, declarou durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, que é evidente que a "casa não está em ordem" e acrescentou que o país tem de crescer e aumentar o nível de confiança na economia para não ver o dólar "disparar".
Dados da indústria na China
A atividade no setor industrial da China encolheu à taxa mais forte em ao menos três anos em agosto, mostrou o índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) oficial.
Preocupações com a economia chinesa, referência para investidores em mercados emergentes e importante parceiro comercial do Brasil, têm provocado apreensão nos mercados globais.
Nervosismo doméstico
No Brasil, o mercado demonstrava cada vez mais nervosismo sobre a perspectiva de perda do selo de bom pagador do país diante da deterioração das contas públicas do país.
Em relatório intitulado "Admitindo a Derrota", a estrategista para a América Latina do grupo financeiro Jefferies, Siobhan Morden, afirmou que, ao admitir déficit primário para o ano que vem, o governo "completamente paralisa o processo de ajuste". Ela ressaltou ainda que eventual saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, do governo não seria mais uma surpresa tão grande quanto há alguns meses.
Intervenção do BC no câmbio
Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu início à rolagem dos swaps cambiais que vencem em outubro, com a venda integral de 9,45 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares. Se mantiver esse ritmo até o penúltimo pregão do mês, como de praxe, a autoridade monetária rolará o lote integral, correspondente a US$ 9,458 bilhões.
Na véspera, o BC fez leilão de venda de dólares com compromisso de recompra, mas a intervenção não foi suficiente para evitar que a moeda norte-americana subisse mais de 1% sobre o real. Como nos últimos meses, o Banco Central não fez leilão de swaps cambiais no último pregão de agosto.

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