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Economia Segunda-feira, 18 de Junho de 2018, 13:19 - A | A

Segunda-feira, 18 de Junho de 2018, 13h:19 - A | A

Crise

Avenida Calógeras foi a que mais registrou fechamento de lojas entre 2017 e 2018

Cresce número de imóveis comerciais fechados no Centro, totalizando mais de 200 pontos se atividade comercial

Flávio Brito
Capital News

Assessoria/Divulgação

Avenida Calógeras foi a que mais perdeu estabelecimentos entre 2017 e 2018

Portas fechadas e placas de "aluga-se" estão espalhadas pela região 

Levantamento realizado pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), entre final de maio e início de junho deste ano, revelou que houve aumento de 5,5% na quantidade de imóveis fechados no quadrilátero que compreende as ruas Rui Barbosa e Calógeras, e as avenidas Fernando Correa da Costa e Mato Grosso, no centro da Capital. A avenida Calógeras foi a que mais perdeu estabelecimentos entre 2017 e 2018, revela a pesquisa da ACICG. 

 

Assessoria/Divulgação

Avenida Calógeras foi a que mais perdeu estabelecimentos entre 2017 e 2018

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Atualmente, foram identificados 211 estabelecimentos comerciais sem atividade, 11 a mais que a mesma realizada em 2017. O estudo, porém, não contabilizou os prédios com salas comerciais, o que pode ampliar a magnitude do resultado.

 

De acordo com dados da Junta Comercial de Mato Grosso do Sul (Jucems), 1.224 empresas foram extintas até maio de 2018, 33 a mais que os cinco primeiros meses de 2017, quando 1.191 empresários encerram suas atividades no estado. Contabilizando apenas maio deste ano, 247 empresas em foram extintas, segundo o órgão estadual. Para a diretoria da Associação Comercial, o cenário é reflexo de vários fatores.

 

“O valor dos aluguéis no Centro já é alto e muitos donos de imóveis reajustaram o preço esse ano, dificultando ainda mais para o empresário”, disse Nilson Carvalho, diretor da ACICG. Na visão da diretora Leni Fernandes, a evolução do varejo nos bairros também contribuiu para a situação. “O comércio dos bairros tem se fortalecido e, com isso, a população mudou seus hábitos de local de consumo”, complementou. A chegada de novos shoppings centers também refletiram no comportamento de compra.

 

Para o primeiro-secretário da ACICG, Roberto Oshiro, a redução de vagas de estacionamento no Centro, a retirada das fachadas, a burocracia para a reforma de imóveis e a demora da revitalização na região também prejudicaram o comércio. “Além disso, houve aumento significativo da carga tributária sul-mato-grossense, o que impactou o comércio de maneira geral, ocasionando ainda mais prejuízos para os empresários do centro”, acrescentou.

 

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