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Economia Quarta-feira, 20 de Setembro de 2017, 11:11 - A | A

Quarta-feira, 20 de Setembro de 2017, 11h:11 - A | A

Economia

Arrecadação com impostos e tributos sobe 10,7% em agosto, para R$ 104,2 bilhões

G1
L. H.

A arrecadação federal, o que inclui impostos, contribuições federais e outras receitas, como royalties pagos ao governo por empresas que exploram petróleo no país, totalizou R$ 104,2 bilhões em agosto, informou nesta quarta-feira (20) a Secretaria da Receita Federal.

Na comparação com o resultado da arrecadação de agosto do ano passado, houve um aumento real, ou seja, após descontada a inflação, de 10,78%, de acordo com dados oficiais.

Trata-se do melhor resultado da arrecadação para meses de agosto desde 2015 (R$ 104,66 bilhões). Este também foi o maior aumento mensal registrado em 2017.

O resultado geral da arrecadação foi ajudado pelas receitas do governo com "royalties" do petróleo, que avançaram 18,68% em termos reais, em agosto, para R$ 1,97 bilhão.

Mas, diferente de outros meses, em agosto a arrecadação também foi impulsionada pela chamada "receita administrada", que inclui impostos e contribuições federais, e que teve alta real de 10,64%, para R$ 102,22 bilhões. As comparações foram feitas com agosto do ano passado.

O crescimento da arrecadação acontece em um momento de reativação da economia brasileira. Após recessão nos dois últimos anos, a economia voltou a crescer nos três primeiros meses deste ano e continuou avançando no segundo trimestre de 2017.

Ações como a redução da taxa básica de juros da economia pelo Banco Central, com reflexo nas taxas de juros bancárias, e a liberação das contas inativas do FGTS ajudaram a impulsionar a economia nos últimos meses, segundo analistas.

Arrecadação também sobe na parcial do ano

Os números do Fisco mostram que a arrecadação também registrou crescimento no acumulado dos oito primeiros meses do ano.

Neste período, avançou 1,73% em termos reais, para R$ 862,73 bilhões. Foi melhor do que no ano passado, mas ficou abaixo do patamar do mesmo período de 2015.

De acordo com a Receita Federal, a alta da arrecadação está em linha com os indicadores econômicos. De janeiro a agosto, a produção industrial avançou 0,76%, as vendas de bens e serviços cresceram 0,15% e a massa salarial avançou 0,63%. Já o valor em dólar das importações cresceu 9,66%.

Meta fiscal
O comportamento da arrecadação é importante porque ajuda o governo a tentar cumprir a meta fiscal, ou seja, o objetivo fixado para as contas públicas.

Para 2017 e 2018, a meta revisada pelo Congresso Nacional, a pedido da equipe econômica, é de déficit (resultado negativo) de até R$ 159 bilhões.

No ano passado, o rombo fiscal somou R$ 154,2 bilhões, o maior em 20 anos. Em 2015, o déficit fiscal totalizou R$ 115 bilhões. A consequência de as contas públicas registrarem déficits fiscais seguidos é a piora da dívida pública e mais pressões inflacionárias.

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