O juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, da 1ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, considerou graves os indícios apontados e determinou o bloqueio de R$ 101,576 milhões, na última quinta-feira (27 de Junho), do senador, da ex-deputada, do empresário João Amorim, dos ex-secretários municipais de Meio Ambiente, Marcos Cristaldo, e de Infraestrutura, João Antônio De Marco, e dos sócios da Solurb, Antônio Fernando de Araújo Garcia e os irmãos Lucas e Luciano Poltrich Dolzan, e ainda das empresas Financial Construtora Industrial e LD Construções.
Ainda conforme o magistrado foi determinado o bloqueio da Fazenda Papagaio, em Porto Murtinho, a qual a posse é direcionada ao senador Nelsinho Trad, suspeita de ter sido adquirida com o dinheiro da propina do lixo. De acordo com os promotores, a área é resultado da fusão de duas fazendas, Rancho Fundo, com 3.901 ha, e Retiro Sede, com 4.829 ha.
Segundo Juiz,“Os fatos narrados na exordial são graves e o autor demonstra através de uma extensa lista de documentos que há fortes indícios de direcionamento licitatório, desvio de recursos públicos bem como pagamento de propina a agentes públicos consistentes entre o conluio da Prefeitura Municipal de Campo Grande/MS,através de seu gestor público, Nelson Trad Filho e o consórcio formado entre a empresa Financial Construtora Industrial LTDA e LD Construções LTDA, a saber,o consórcio CG Solurb Soluções Ambientais – SPE LTDA para que esta pudesse sair como empresa vencedora do certame público”, aponta.
Em março de 2018, o juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, havia determinado o bloqueio de R$ 13,4 milhões. Com isso, este é o segundo bloqueio dos bens de Nelsinho, da ex-mulher e empresários em decorrência das irregularidades descobertas pela PF na licitação do lixo.