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Cotidiano Terça-feira, 15 de Maio de 2018, 14:44 - A | A

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Desenvolvimento urbano

Programa Reviva Campo Grande é lançado para dar “cara nova” ao Centro

Obras lançadas nesta terça-feira (15) vão transformar a rua 14 de Julho em shopping a céu aberto

Flávio Brito
Capital News

André Bittar e Marlon Ganassin

Programa Reviva Campo Grande é lançado para dar “cara nova” ao Centro

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A Prefeitura de Campo Grande lançou oficialmente o início das obras do Programa Reviva Campo Grande, nesta terça-feira (15). A intervenção começa no cruzamento da Avenida Fernando Corrêa da Costa com a rua 14 de Julho e segue até a Avenida Mato Grosso. Com o lançamento oficial, a Engepar – Engenharia e Participações Ltda, vencedora da licitação, já se prepara para mobilizar o maquinário, instalar os tapumes e iniciar os estudos para a intervenção.

 

Além da rua 14 de Julho, o Programa Reviva Campo Grande prevê intervenções em várias vias do Centro da cidade, no quadrilátero que compreende as ruas Calógeras, Padre João Crippa, Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso. Todas receberão melhoria na infraestrutura, acessibilidade dos passeios públicos, arborização, iluminação e sinalização. A área engloba cerca de 5,2 mil empresas cadastrados na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). 

 

André Bittar e Marlon Ganassin

Programa Reviva Campo Grande é lançado para dar “cara nova” ao Centro

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De acordo com o Executivo municipal, o projeto vai dar “cara nova” para uma das ruas mais importantes de Campo Grande. A prefeitura promete que em breve, as máquinas já vão começar os trabalhos, tirando do papel uma das obras mais emblemáticas dos últimos anos em Campo Grande. O prefeito Marquinhos Trad pontuou que o projeto é fruto de quase uma década de trabalhos, mas que não sairia do papel sem o empenho da bancada sul-mato-grossense em Brasília e de sua equipe técnica.

 

Durante as obras, que devem durar 20 meses, as lojas do comércio não vão fechar. A programação prevê que cada quadra ficará dois meses em obras. A coordenação do Programa está estudando, junto à Agetran, uma nova rota para os coletivos, que hoje circulam na região, causando o mínimo de impacto possível no cotidiano dos usuários. O projeto compreende uma intervenção urbana com extensão de 1.400 metros lineares em área central, que promoverá a redução de uma faixa de rolamento, ampliando as calçadas, conversão das redes aéreas para subterrâneas e a implantação de paisagismo no passeio público.

 

André Bittar e Marlon Ganassin

Programa Reviva Campo Grande é lançado para dar “cara nova” ao Centro

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“É muito mais que um simples lançamento. É uma série de agradecimentos a atores e atrizes que hoje não estão aqui ao meu lado, mas que tiveram participação tão fundamental quanto estes que hoje aqui presenciam. Eu falo dos ex-gestores, que também foram importantes para que este momento acontecesse. Do esforço do senador Pedro Chaves, da senadora Simone [Tebet], do senador Waldemir Moka e dos oitos deputados federais, e agora do Ministro [Carlos] Marum. Todos eles foram importantes nesta caminhada, nesta peregrinação que fizemos a Brasília. Agradeço também a Catiana [Sabadin, diretora-executiva de Planejamento e Gestão Estratégica]. Foi graças a vontade de Deus e ao empenho e dedicação dela, que essa manhã acontece”, disse.

 

Para o prefeito, a obra, realizada no coração da cidade, vai deixar uma marca na cidade. “Desde embutimento dos fios; acabar com a poluição visual; uso da tecnologia, com wi-fi;  diminuição das faixas de rolamento para veículos; alargamento das calçadas; designer. Tudo o que você vê nos grandes países quando anda no Centro, e acha aquilo um shopping a  céu aberto, você vai ter em  Campo Grande”, declarou.

 

O secretário municipal de governo Antônio Cézar Lacerda frisou que o local será um verdadeiro shopping center a céu aberto.  “Nós começamos com essa obra a partir da Fernando Correa da Costa, vamos até a Mato Grosso, um trecho entre a Avenida Afonso Pena e Cândido Mariano. Neste trecho, as calçadas serão bem mais alargadas para passeios de pedestres nesse espaço. Com toda fiação, desde a Fernando Corrêa até a Avenida Mato Grosso, embutida. A rua 14 de Julho expressará uma beleza com característica de primeiro mundo”, disse.

 

Relator do projeto, o senador Pedro Chaves disse estar muito feliz por participar do lançamento do Reviva Campo Grande. “Eu fui relator deste projeto e são U$ 56 milhões, que vão dar para revitalizar totalmente o Centro, transformar em um verdadeiro centro de gastronomia, cultura. Fazer tudo aquilo que o campo-grandense precisa. Vai ser muito importante para Campo Grande e para o Mato Grosso do Sul”, disse.

 

Representando o governador Reinaldo Azambuja, Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico, frisou que a população será a maior beneficiada pelo projeto. “O comerciante está motivado porque vai levar mais pessoas para o Centro. A população de Campo Grande gosta de ir ao Centro, gosta de comprar no centro, de ir ao Centro. Tem preço bom, tem concorrência. E agora, a Prefeitura, com esse projeto, traz a população de volta e com certeza outros investidores virão”, afirmou.

 

Já o secretário estadual de Administração, Carlos Alberto Assis, fez questão de parabenizar o prefeito Marquinhos pela visão de que Campo Grande é o Centro. “O Centro é referência para toda a cidade, e ele passou por um período de abandono. Esqueceram do Centro de Campo Grande. Lá na gestão do prefeito Nelsinho (Nelsinho Trad) começou o Reviva Centro e agora o prefeito Marquinhos finaliza e entrega esse anseio dos moradores, comerciantes e habitantes de Campo Grande. Isso vai dar uma nova dinâmica para a cidade de Campo Grande e fazer com que as pessoas voltem a frequentar o Centro. Parabéns a Prefeitura por enxergar e valorizar esse pedaço histórico da nossa cidade”, salientou.

 

André Bittar e Marlon Ganassin

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Mais movimento

Presidente da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, João Carlos Polidoro disse que a obra é esperada há décadas, e  a expectativa é que as melhorias movimentem novamente a rua 14 de julho. “Nós temos uma 14 de Julho degradada, muito feia. O consumidor não se sente atraído para vir aqui fazer compra. Essa obra vai trazer uma 14 [de Julho] renovada. Vai trazer um certo conforto. As lojas vão poder se posicionar melhor, mexer nas fachadas, mudando o conceito que a gente tem hoje de loja de rua, com uma rua que realmente atraia. Hoje se você fizer qualquer promoção em uma 14 de julho, ela não atrai tanto quanto em outro grande centro de compra. Ela precisa dessa revitalização, colocada com espaço suficiente para o pedestre andar, porque não há atrativo hoje. Por isso vemos essa obra como emblemática”, afirmou.

 

Para o presidente da CDL, Adelaido Villa, o  momento é de felicidade, após anos de espera. “Uma expectativa muito grande pela obra.  A gente fica feliz de ver essa obra finalmente sair do papel. Isso significa modernização do Centro. Colocar Campo Grande em outro patamar, enquanto Capital. A gente fica feliz de ver o prefeito Marquinhos Trad ser o protagonista desta história. A expectativa é a melhor possível. Hoje, o Centro, do jeito que está, não pode mais continuar. Nós precisamos desta sobrevida. Precisamos reviver o Centro e ter uma economia mais forte e mais pujante”, afirmou.

 

Cerca de 350 mil pessoas circulam pelo centro diariamente, de acordo com o presidente da ACICG, João Carlos Polidoro, por isso o planejamento entre empresário e poder público é tão importante. “Se não fizermos um planejamento a loja sucumbe. É muito importante o planejamento e uma aproximação com a execução da obra para que todos os problemas sejam solucionados da maneira mais rápida e menos impactante possível, porque no futuro vamos ter ganho, mas agora teremos que nos sacrificar um pouco”, disse.

 

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