Terça-feira, 16 de Abril de 2024


Cotidiano Sábado, 21 de Janeiro de 2017, 10:25 - A | A

Sábado, 21 de Janeiro de 2017, 10h:25 - A | A

Saúde

População denuncia falta de remédio controlado na rede pública

Carbamazepina não foi encontrado nem no CEM; remédio é utilizado para evitar convulsões

Natália Moraes
Capital News

Deurico/Arquivo Capital News

Foto ilustrativa do Centro de Especialidades Médicas (CEM)

Remédio de uso contínuo não foi encontrado nem em Centro de Especialidades Médicas

Pacientes denunciaram ao Capital News a falta na rede pública do remédio de uso contínuo Carbamazepina, utilizado para evitar convulsões e para o tratamento de doenças neurológicas.

 

A artesã Tania Cristina tem feito uma “peregrinação” na busca do remédio, essencial para o tratamento da filha, de 8 anos. Ela diz que o medicamento sempre faltou, mas, agora, não o encontra nem no Centro de Especialidades Médicas (CEM).


Devido à dificuldade para encontrar o medicamento, Cristina disse que os médicos costumam receitar uma quantidade maior já prevendo a falta. “Um vidro não dura nem um mês”, comentou. Como o remédio é controlado, ele necessita de acompanhamento neurológico para ser receitado. Mas, conseguir uma consulta demora. “Minha filha está a três anos na fila para consulta com um neurologista, não tem médico”, disse Cristina, que paga uma tabela social na rede particular para realizar o tratamento da filha.


Outro problema é que a criança precisa fazer exames a cada seis meses, para verificar o estágio da doença e se a dosagem do remédio está adequada. No entanto, ela também não consegue fazer o serviço na rede pública. Na sexta-feira (20), a filha de Cristina foi levada ao posto porque teve uma crise de convulsão, mas ficou apenas em observação. “O setor neurológico para a criança está abandonado na cidade”, relata Cristina.


A assessoria da Prefeitura informou que tanto o prefeito Marquinhos Trad quanto o secretário de saúde, Marcelo Vilela, tem conhecimento da falta do remédio e de outros, como até a dipirona. “Essa é uma situação recorrente que se arrasta por quase um ano. Balanço feito pela Sesau apontou que cerca de 320 itens estão em falta na farmácia”, conforme trecho da nota enviada ao Capital News.


O prefeito já determinou a compra do Carbamazepina e de outros 28 medicamentos que estão em falta. O pregão foi lançado na semana passada e a previsão é de que o processo seja concluído ainda neste mês. A intenção da Prefeitura é abastecer as farmácias ainda na primeira quinzena de fevereiro. O valor do investimento é de cerca de R$ 16 mil.

Comente esta notícia

Catia Leitens 17/02/2017

Eu tomo esse remédio vou doar entre em contato comigo 014996464746

positivo
0
negativo
0

1 comentários

1 de 1

Colunistas LEIA MAIS