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Cotidiano Quarta-feira, 25 de Outubro de 2017, 09:10 - A | A

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MELHORIAS

Obras para conter enchentes na Capital custarão mais de R$ 90 milhões

O anúncio foi feito pelo prefeito Marquinhos Trad, nesta terça-feira (24)

Laura Holsback
Capital News

Obras deverão ser executadas para evitar enchentes em Campo Grande a partir do próximo ano. Estão previstas as construções de “piscinões” e barragens que deverão custar R$ 93 milhões aos cofres públicos.


O anúncio foi feito pelo prefeito Marquinhos Trad, nesta terça-feira (24). Na ocasião, ele visitou a construção de uma barragem na Praça das Águas, nos altos da Avenida Afonso Pena, resultado de parceria  entre a Prefeitura e o Shopping Campo Grande. A obra deve ficar  pronta  em duas semanas.

 

Divulgação

Obras para conter enchentes custarão mais de R$ 90 milhões à Capital

Contruções de barragens na região da Afonso Pena estão em andamento

Conforme as informações, está em fase de homologação da licitação obras de controle de enchente no Rio Anhandui,  que devem começar em dezembro. O investimento será de quase R$ 50 milhões.
Estão previstas as construções de dois “piscinões e quatro  barragens, com capacidade para reter 154 mil metros cúbicos de água. As melhorias estão orçadas em R$ 43 milhões.


"Piscinão"
Nos altos da Avenida Mato Grosso, como parte das obras do Complexo Mata  do Jacinto etapa D, será implantado um piscinão com capacidade para 22 mil  cúbicos. A empreiteira está fazendo os serviços preparatórios para implantar uma travessia (em tubo armco), por onde escoará a água da bacia retenção que vai cair no Córrego  Réveillon (afluente do Prosa).


Em janeiro está prevista a licitação das obras de drenagem dentro do Parque Sóter, onde  em 2014 foi construído  um dissipador de energia, que são degraus para diminuir a velocidade da água da chuva e retardar a chegada ao leito do córrego de toda a enxurrada captada na região. O local abrange o bairro e o conjunto habitacional Mata do Jacinto, onde há aproximadamente 4,5 mil imóveis, entre casas e apartamentos. 


Barragem
A barragem na Praça das Águas visitada nesta terça-feira (24) tem  capacidade para reter mais de 22 mil metros cúbicos de água, o que reduzirá a velocidade da correnteza que desce das cabeceiras do Prosa e Soter, nos dias de chuva  Segundo a prefeitura, essa retenção  evitará o transbordamento mais abaixo, provocando alagamentos principalmente nos cruzamentos da Avenida Ricardo Brandão, com as ruas Bahia e Joaquim Murtinho, trecho onde o Prosa recebe as águas do seu afluente, o Vendas, o que provoca as enchentes.


A represa de retenção tem seis metros de altura, com 302 metros de largura e a água se espalhando (chamada de espelho) por 9.489,69 metros quadrados. A configuração do projeto não prevê a formação de um lago artificial, pois a represa vai se esvaziar tão logo pare de chover.


Estão sendo investidos em torno de R$ 1,2 milhão, recurso integralmente da iniciativa, como medida compensatória. A represa na Praça das Águas  está prevista no plano de drenagem de Campo Grande, elaborado em 2008, que indica a necessidade da retenção, ao longo da bacia do Prosa, de 205 milhões de litros em várias barragens.  Ela deve aumentar em 22% a atual capacidade da bacia, que é de 98 milhões de litros, distribuídas em cinco barragens construídas no Sóter (afluente do Prosa).


Ainda neste mês, equipes trabalham em barragens no Córrego Segredo, que estão assoreadas. A estimativa é que sejam retirados aproximadamente 20 mil metros cúbicos de areia. Esta manutenção  evitará o transbordamento na rotatória das Avenidas Ernesto Geisel  e Rachid Neder, quando o Segredo recebe as águas do Cascudo.


Já no lago do Parque das Nações Indígenas, será construída uma comporta móvel que vai regulará o nível da água e evitar o transbordamento, que acaba contribuindo para alagamentos na região do Shopping Campo Grande.

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