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Cotidiano Sexta-feira, 24 de Julho de 2015, 10:43 - A | A

Sexta-feira, 24 de Julho de 2015, 10h:43 - A | A

DENÚNCIA MORADORES

Lixão em terreno causa problemas para moradores do Santo Eugênio

Local era antiga favela; moradores foram removidos mas Prefeitura nunca retirou o entulho

Melissa Schmidt
Capital News

Moradores do bairro Santo Eugênio buscaram ajuda de vereadores de Campo Grande para denunciar o lixo num terreno da região, cuja limpeza seria de responsabilidade da Prefeitura de Campo Grande. O local é uma antiga área de favela, que já foi desocupada, mas está causando problemas por causa do entulho que ficou no local.

Assessoria

lixao santo eugenio

 Moradores denunciam lixo em terreno de antiga favela; local serve de criadouro de mosquitos, ratos e baratas   

Pâmela Ingrid Santos da Silva, 25 anos, mora com a família bem ao lado do terreno, na Rua Mamanguape, bairro Santo Eugênio. Segundo ela, o lugar está sendo usado por usuários de drogas, e outros moradores para depósito de lixo. “Por descaso do município, mais gente está construindo barracos no lugar. Usuários de drogas também se encontram pelos cantos do terreno, deixando os moradores com medo. Outro problema são as pessoas que descobriram o terreno e agora usam para colocar mais entulho e lixo, aqui virou um verdadeiro lixão”, denuncia. Pâmela também afirmou que os pais temem pelos filhos, pois “há muitas crianças que moram na rua e está difícil de ficar em frente de casa”, finaliza. 
 
Segundo informado pela assessoria do Vereador Eduardo Romero (PT do B), em setembro do ano passado, foram removidas de uma área de favela aproximadamente 15 famílias para o Residencial José Macksoud, nas Moreninhas, como parte das ações da obra do Complexo Bálsamo. As famílias foram removidas e os barracos destruídos, porém a Prefeitura não fez a retirada do entulho e lixo do local. Com isto a área se tornou criadouro de mosquitos transmissores de doença, ratos, baratas, escorpiões e um lixão a céu aberto.

‘Uma área destas é um facilitador de problemas, tanto de segurança pública quanto de saúde. A prefeitura precisa, por meio de suas secretarias e fundações iniciar trabalhos e finalizá-los. A área reclamada pela Pâmela é um exemplo de serviço feito pela metade’, destaca Eduardo Romero.

O parlamentar encaminhou ofício para a Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha) solicitando com urgência a limpeza do local.

 

Eduardo Romero pontua ainda que a remoção das famílias da área de favela faz parte da obra do Complexo Bálsamo, com investimento inicial de R$ 60 milhões. Quando foi anunciada em 2012 a previsão de finalização era de 18 meses e a defesa foi de que a obra do parque linear do Bálsamo era para se juntar as ações de urbanização de fundo de vale realizadas no Imbirussu/Serradinho, Lagoa, Bandeira e Segredo. ‘A obra já foi paralisada e recomeçada várias vezes. Recentemente a prefeitura anunciou a retomada, mas só fez uma limpeza e tudo parou novamente’, destaca o vereador.

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