Terça-feira, 23 de Abril de 2024


Cotidiano Quinta-feira, 02 de Julho de 2015, 16:59 - A | A

Quinta-feira, 02 de Julho de 2015, 16h:59 - A | A

Jurisprudência

Justiça acata pedido de registro de Técnico em Agropecuária no Crea

Decisão julgou procedente mandado de segurança para que uma profissional de nível médio pudesse obter o registro como responsável técnica de empresa de dedetização.

Elizângela Lemes
Capital News

Divulgação/Assessoria

direito

Justiça acata pedido de registro de Técnico em Agropecuária no Crea

Uma profissional Técnica em Agropecuária, com diploma de segundo grau, ganhou na Justiça o direito ao registro no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA). A Quarta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF) confirmou decisão que julgou procedente mandado de segurança impetrado pela técnica para que pudesse obter registro como responsável técnica de uma empresa que pratica atividades relacionadas ao comércio varejista de inseticidas, materiais de limpeza e prestação de serviços de dedetização.


Segundo assessoria do TRF, o Crea havia negado o pedido com base numa decisão normativa, porém a desembargadora federal Alda Basto, relatora do acórdão no TRF3, concluiu que o Crea, ao regular o exercício da profissão de técnico em agropecuária com formação em ensino médio, criou obstáculos em contrariedade ao Decreto Presidencial nº 90.922/85. Alda explicou que o livre exercício de trabalho, ofício ou profissão, previsto na Constituição de 1988 em seu artigo 5º, inciso XIII, é norma de eficácia contida, e somente uma lei pode estabelecer qualificações profissionais ao seu exercício.


A desembargadora citou ainda jurisprudência sobre o assunto: “O Superior Tribunal de Justiça tem entendido ser inadmissível que uma disposição de hierarquia inferior fixe uma exigência não existente em lei, razão pela qual está o Crea obrigado a promover as anotações das atribuições constantes do mencionado decreto nas carteiras profissionais dos técnicos de nível médio”.

Alda Basto afirmou também, que a Lei nº 5.524/68, que dispõe acerca do exercício da profissão de técnico industrial e técnico agrícola de nível médio, em seu artigo 5º, diz que cabe ao Poder Executivo a promoção e expedição de regulamentos para a aplicação de seus dispositivos. Como consequência, o Decreto Presidencial nº 90.922/85, alterado pelo Decreto nº 4.560/2002, regulamentou a referida lei, que passou a prever, dentre as atribuições dos técnicos agrícolas de 2º grau, a responsabilidade pelas empresas especializadas que exercem atividades de dedetização, desratização e controle dos vetores e pragas.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS