Divulgação/Assessoria
Imasul assumirá a manutenção dos peixes da quarentena até que a obra do Aquário do Pantanal seja concluída
A manutenção de todos os exemplares de peixes do Aquário do Pantanal que estão em quarentena agora ficará a cargo do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), órgão ligado ao governo de Mato Grosso do Sul. A decisão foi tomada na terça-feira (30), durante visita a sede da Polícia Ambiental, onde estão as espécies.
Os peixes estão sendo mantidos em quarentena em tanques improvisados, enquanto as obras do Centro de Estudos e Pesquisas da Ictiofauna Pantaneira, popularmente conhecido como Aquário do Pantanal, são concluídas. “É uma readequação do projeto como um todo, que foi concebido para parte dele ser feito na quarentena e outra parte no Aquário. Como nós não conseguiríamos (seguir) cronograma em novembro deste ano fica prejudicado o trabalho cientifico. A partir de agora vamos fazer uma readequação para que tenhamos um novo projeto de pesquisa e depois então destinar esses peixes ao Aquário”, explicou na tarde o diretor de licenciamento ambiental do Imasul, Ricardo Eboli.
Segundo assessoria do governo, acompanhado de técnicos do governo estadual e deputados estaduais que compõem a comissão de acompanhamento das obras do Aquário do Pantanal, o diretor do Imasul, disse que o governo manterá esses peixes pelo período que for necessário. “Haveria um prejuízo maior se eles fossem devolvidos ao rio e iniciar todo um novo processo de captura e quarentena. A postura do governo é de respeito à população e ao recurso público”, disse Ricardo.
De acordo com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado (Fundect), o encerramento do projeto ‘Biodiversidade para todos: da água à popularização da ciência e proteção da vida por meio do Aquário do Pantanal’ (que mantinha em quarentena os peixes) ocorreu em virtude do não cumprimento de recomendações técnicas, tais como, o correto armazenamento da ração e oferta de alimentação adequada aos animais, rígido controle das condições da água e da temperatura, manuseio no local de quarentena, o que, entre outros aspectos, interferiu no adequado manejo para preservação do bem estar dos animais e produção de conhecimento científico, que é a finalidade do projeto.
A partir de agora, o Imasul assumirá a manutenção dos peixes da quarentena até que a obra do Aquário do Pantanal seja concluída, decisão tomada para a contenção dos gastos públicos e também por recomendação dos consultores. Para garantir a sobrevivência e bem estar dos espécimes em quarentena, o Imasul vai melhorar a estrutura atual, suprindo deficiências técnicas que porventura sejam detectadas. Técnicos do Instituto e de outros órgãos do governo vão realizar um inventário da quantidade de peixes coletados, mantidos e que, por ventura, não tenham resistido, bem como dos equipamentos existentes e de eventuais adequações que precisem ser feitas nas instalações.
Todo o trabalho de manutenção e manejo dos peixes na quarentena será feito tendo como base as orientações da avaliação técnico-científica dos especialistas do Cepta (Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Peixes Continentais) e da Unesp (Universidade Estadual de São Paulo). Aos deputados e à imprensa que visitaram o local onde os peixes estão sendo mantidos em quarentena, o diretor de licenciamento do Imasul revelou que nos próximos 10 dias relatórios oficiais a serem entregues vão garantir um diagnóstico conclusivo sobre os peixes as espécies.
O governador Reinaldo Azambuja disse que a administração estadual, em parceira com os órgãos de controle externo, como TCE (Tribunal de Contas do Estado) e MPE (Ministério Público Estadual), acompanha com rigor a destinação de recursos públicos para a obra do Aquário. “Não queremos fazer pré-julgamento de ninguém, se teve algo errado alguém tem que pagar porque aquilo ali é dinheiro público que foi investido”, finalizou o chefe do Poder Executivo Estadual.