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Cotidiano Quarta-feira, 08 de Março de 2017, 12:50 - A | A

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Dia da Mulher

Em dois anos, mais de 21 mil mulheres foram agredidas em Campo Grande

Plano de ações integradas para mulher é lançado na Capital

Natália Moraes
Capital News

Liniker Ribeiro/Capital News

Em dois anos, mais de 21 mil mulheres foram agredidas em Campo Grande

Prefeitura assina termpo de cooperação para ações integradas para mulheres

No Dia Internacional da Mulher, dados apontam ainda a persistência da violência doméstica. Conforme levantamento da Casa da Mulher Brasileira, em dois anos de atendimento, mais de 21,9 mil mulheres foram agredidas em Campo Grande e buscaram atendimento no local.


Para o enfrentamento à violência e outras questões de gênero, ainda nesta quarta-feira (8), a prefeitura lançou o plano “Mulher Atitude”, que inclui ações integradas voltadas para a população feminina da Capital. Conforme a subsecretaria de políticas para a mulher, Carla Stephanini, a ideia é trabalhar as ações de forma transversal, ou seja, com o trabalho de todas as secretarias.


No início da atual gestão, foi definido um grupo de trabalho com todas as secretarias para a elaboração do plano, que deu início com a assinatura de cinco termos de cooperação entre a prefeitura e diversas entidades para o compromisso com as mulheres, como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), a União das Advogadas Brasileiras (UAB), Consórcio Guacurus, dentre outros.


Entre as ações pactuadas, Stephanini explicou ao Capital News que estão previstas inicialmente a implantação da lei que coíbe o assédio sexual no transporte público, dentre outras. “Vamos trabalhar nas escolas com os alunos do 8º e 9º a questão da pornografia de vingança, com usuários das unidades de saúde, vamos trabalhar a violência contra a mulher, nos Creas [Centro de Referência Especializado de Assistência Social] também iremos trabalhar no sentido de conscientização dos direitos das mulheres”, disse.


Presente no lançamento do plano, o prefeito Marquinhos Trad citou a mãe, Terezinha Trad, como um exemplo na educação para o respeito às mulheres. Ele também disse que existem leis para coibir a violência, mas que ainda não são suficientes. “Foram anos negligenciando direitos das mulheres, foi preciso impor ao país leis para dizer ao homem que não pode bater numa mulher, mas isso não adiantou”, disse.

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