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Cotidiano Quinta-feira, 25 de Janeiro de 2018, 18:17 - A | A

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Operação Again

Cassems esclarece que não é alvo de investigação e que vai tomar “medidas cabíveis”

Prestadora de serviços é investigado esquema de fraude de licitações nos hospitais Universitário e Regional em Campo Grande

Flávio Brito
Capital News

Diante das denúncias apresentadas na manhã desta quinta-feira (25), após deflagração da Operação Again, pela Polícia Federal, e a presença de policiais nas dependências dos Hospitais Cassems de Campo Grande e Dourados. A Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores Públicos de Mato Grosso do Sul) informou que o alvo das investigações não são as unidades hospitalares.

A investigação tem foco em empresa terceirizada de hemodinâmica, afirma a entidade em nota divulgada à imprensa, que realiza exames cardiológicos de alta precisão. A empresa, alvo da operação, presta serviços para as unidades hospitalares da Cassems localizadas em Campo Grande e Dourados.

 

“Reforçamos que os protocolos seguidos pelas unidades hospitalares da Cassems são rigorosos no controle da qualidade dos serviços prestados aos seus beneficiários, e a Caixa de Assistência não admitirá, sob nenhuma hipótese, quaisquer irregularidades cometidas por prestadores terceirizados”, afirma.

 

“Diante das denúncias divulgadas nesta manhã pela Polícia Federal, a Caixa de Assistência dos Servidores informa que tomará as medidas administrativas cabíveis ao caso, incluindo o afastamento imediato do médico investigado”, acrescenta a entidade.

 

A ainda no texto do comunicado, a Cassems informa é o primeiro Plano de saúde do Brasil a instituir a governança aberta, por meio de um portal da transparência e que “tem o compromisso ético com os seus beneficiários e com a sociedade de zelar pela transparência e, por isso, naquilo que lhe compete, contribuirá com a Polícia federal em todo o processo investigativo”.

 

Operação Again

Policiais federais deflagraram na manhã desta quinta-feira (25) operação para desarticular esquema de fraude de licitações nos hospitais Universitário e Regional, em Campo Grande. Investigações mostram que grupo de servidores causou prejuízo de R$ 3,2 milhões ao setor da saúde pública. A ação batizada de “Again” conta com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU).  

 

Segundo a Polícia Federal, organização criminosa fraudava licitações causando sobrepreço nos produtos adquiridos e, portanto, prejuízo ao erário. Além disso, existem indícios de que os integrantes do esquema desviavam os materiais adquiridos que eram para atender a população, para serem utilizados em clínicas particulares. Recebiam produtos com prazo de validade e qualidade inferiores ao previsto nos contratos e buscavam dificultar as fiscalizações da Controladoria Geral da União.

 

A atividade delituosa contava com o envolvimento de servidores públicos que recebiam vantagens ilícitas das empresas envolvidas no esquema de fraude a licitações, com ênfase no setor de hemodinâmica (método diagnóstico e terapêutico que usa técnicas invasivas para obtenção de dados acerca de cardiopatias).

 

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