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Cotidiano Sábado, 18 de Novembro de 2017, 08:35 - A | A

Sábado, 18 de Novembro de 2017, 08h:35 - A | A

DOAÇÕES

Banco de leite alimenta 35 bebês internados e busca doações

Por mês são coletados em torno de 45 a 50 litros, mas são necessários no mínimo 120 litros

Esthéfanie Vila Maior
Capital News

Diana Gaúna

Banco de leite alimenta 35 bebês internados e busca doações

O setor é responsável por alimentar cerca de 35 bebês todos os dias

O banco de leite Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) faz cinco rotas pela cidade de Campo Grande em busca de leite materno. O setor é responsável por alimentar cerca de 35 bebês todos os dias. 

 

Atualmente, dependem do banco de leite os bebês da UTI Neonatal, da Unidade Intermediária Neonatal (UIN), do Canguru e bebês internados no CTI Pediátrico. Por mês são coletados em torno de 45 a 50 litros, mas são necessários no mínimo 120 litros.  “Priorizamos os bebês menores e casos mais graves. No caso de ser muito pequenininho e grave, o bebê recebe o leite da doação. Se estiver maior, tiver nascido no tempo certo e com menos complicação, recebe a fórmula infantil. Não é a melhor opção, mas precisamos alimentá-lo. O ideal seria que todos recebessem leite da própria mãe”, explica a nutricionista Fernanda Menezes, responsável técnica pelo banco de leite. 

 

Inaugurado em 2012, o banco atua desde 2004 como posto de coleta. Para manter o ritmo das dietas dos recém-nascidos uma equipe percorre, todos os dias, as diferentes rotas em busca de leite humano disponibilizado pelas mães doadoras que compõem o cadastro. 

“Temos uma funcionária do banco de leite que vai até as casas todos os dias coletar. Dividimos a cidade em cinco rotas diferentes. Para ser doadora a mãe precisa somente ligar aqui no nosso banco no telefone 67 3378-2715. Podem ser doadoras todas as mães que estiverem amamentando o bebê e que tenham excesso de produção. Nós só precisamos que ela tenha feito o pré-natal, por conta dos exames, para fazer a triagem. A equipe vai na residência e leva o material, ensina a tirar o leite e a armazenar. Em seguida, a própria mãe vai tirando durante a semana, quando for amamentar. Nós buscamos o leite uma vez por semana e deixamos o material para a próxima semana”, esclarece. 

 

A nutricionista explica como ocorre todo o processo de arrecadação do leite até a amamentação do bebê. “Quando chega aqui, damos entrada no sistema da rede de banco de leite. Entramos com número da doadora, volume da entrada, tudo certinho. Depois separamos os lotes para pasteurizar. Esse leite segue para a sala de processamento, é descongelado, passa por um exame que checa a  acidez, porque com o tempo o leite vai se tornando mais ácido e com menos nutrientes.  Verificamos as embalagens, o valor calórico, colocamos na embalagem padrão e, então, eles são pasteurizados  em frascos iguais para ter certeza  que o calor chega igual para todos os potinhos. Coletamos uma amostra para o exame  microbiológico, que é uma espécie de prova dos nove, para garantir que matou todos os microrganismos. O exame demora dois dias. Só então o leite está apto para ser servido aos bebês”.

 

Serviço

Podem ser doadoras todas as mães que estiverem amamentando o bebê e que tenham excesso de produção. Para doar, basta entrar em contato pelo telefone (67) 3378-2715. 

 

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