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Cotidiano Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2017, 13:15 - A | A

Sexta-feira, 20 de Janeiro de 2017, 13h:15 - A | A

Governo Federal

Após anunciar recursos, ministro da saúde se reúne com prefeitos em MS

Ministro apresentou repasses a prefeitos de Mato Grosso do Sul; gestores relataram principais dificuldades na área

Natália Moraes
Capital News

Deurico Ramos/Capital News

Após anunciar recursos, ministro da saúde se reúne com prefeitos em MS

Ministro apresentou principais investimentos na saúde

Após vistoria na Santa Casa e a divulgação de investimento de R$ 3,9 milhões no hospital, o ministro Ricardo Barros apresentou os valores dos repasses a Mato Grosso do Sul para prefeitos nesta quinta-feira (19). Compareceram 44 municípios, divididos entre 24 chefes do Executivo e 20 representantes. Na reunião, os gestores também apontaram as principais dificuldades para o Governo Federal.

 

Deurico Ramos/Capital News

Após anunciar recursos, ministro da saúde se reúne com prefeitos em MS

Ministro admitiu que as prefeituras “estão pagando a conta” na saúde

Barros apresentou como a pasta está aplicando os recursos e as prioridades da gestão, que são a informatização e gerenciamento para corte de gasto e prevenção. “Não temos como nos manter nesse modelo onde cada um faz o que quer e manda a conta para o Governo Federal pagar, nós temos que ter um gerenciamento”, explicou.

 

O ministro citou a aprovação de uma resolução que prevê que cada novo serviço a ser feito na Saúde deve ser autorizado pela União, Estado e Município, já que os poderes são responsáveis por manter a área. Somente em 2015, foram investidos R$ 232 bilhões na saúde pelos três poderes. A União entrou com R$ 100,1 bilhões; os Estados com R$ 60,2 bilhões e os Municípios com R$ 71,8 bilhões.


Após a explanação, os representantes relataram entre as principais dificuldades a falta de profissionais dispostos a atender nas pequenas cidades e o alto investimento aplicado na saúde. O ministro admitiu que as prefeituras “estão pagando a conta”. “Há de fato um subfinanciamento da saúde pelo Governo Federal”, disse. Como consequencia, aumentam os gastos para os municípios.


Conforme previsto na Constituição Federal, as prefeituras devem repassar obrigatoriamente 15% à Saúde. Mas, na prática, o valor é maior. É o caso de Itaporã, a 237 km da Capital. De acordo com o gerente da saúde do município, Dogmar Petek, são repassados hoje 28% para custear a saúde.

 

Deurico Ramos/Capital News

Após anunciar recursos, ministro da saúde se reúne com prefeitos em MS

Prefeito de Amambaí está preocupado com saúde indígena

Outra situação relatada pelos prefeitos consiste na saúde indígena. De acordo com o prefeito de Amambaí, Edinaldo Bandeira, a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) “deixa a desejar” em um município com população indígena estimada em 12 mil habitantes. Com isso, a Prefeitura acaba investindo ainda mais e não recebe verba federal para tanto. Já o prefeito de Bodoquena, Kazuto Horii, disse que os indígenas que vivem em uma aldeia próxima vão ao município, o que também onera gastos. “Não temos nenhum repasse”, disse.


Mesmo com as dificuldades relatadas, os prefeitos devem se preparar para tempos mais difíceis. Conforme o ministro haverá uma redução na arrecadação em 2017. Ele recomendou aos gestores o “cinto apertado”.


Repasses
O ministro veio à Capital para anunciar os valores dos recursos repassados pela União. Ao todo, o Governo Federal liberou R$ 82,4 milhões para a saúde em Mato Grosso do Sul, o que inclui emendas parlamentares.


Do total repassado, R$ 14,5 milhões são destinados para custear anualmente serviços que já estavam sendo executados pela Prefeitura, como leitos de UTI, SAMU, saúde bucal, rede de atenção às urgências e emergências, dentre outros.


O Estado também será beneficiado com custeio anual de R$ 17 milhões de sete Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), sendo três delas em Campo Grande. A capital também receberá três ambulâncias doadas pela União.


O Governo Federal também liberou R$ 32,4 milhões em empenhos para 123 obras da União no Estado: 24 academias, dois Centros de Atenção Psicossocial, 90 Unidades Básicas da Saúde (UBS), quatro Estratégias Rede Cegonha, duas UPAs e um Centro Especializado em Reabilitação (CER).


O repasse é fruto de uma otimização de gastos realizada pelo Ministério da Saúde, que resultou em R$ 1,9 bilhão para investimentos na área.

Deurico Ramos/Capital News

Após anunciar recursos, ministro da saúde se reúne com prefeitos em MS

Ainda na quinta (19), ministro vistoriou Santa Casa e anunciou repasse de R$ 73,9 milhões para Campo Grande

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